Em meio às cores, um propósito: Francisco Borges

Aos 17 anos, Francisco Borges viu um céu todo bordado de cores e decidiu comprar tintas e começar a pintar

Na Avenida Sete de Setembro, em meio aos prédios e tumultos das empresas, na paisagem meio cinzenta, Francisco Borges Laranjal abre as portas de sua trajetória como artista e mostra uma explosão de cores, com linhas que definem um propósito. “O motivo dos meus quadros sempre foi pretexto. Sou seduzido pelas cores, por isso gosto da arte”, compartilha.

Sobre a escolha da localização do ateliê, o qual é aberto a visitas mediante aviso, o artista explica: “foi devido a um convite de outros dois artistas”, mas, apesar de não ter escolhido o ateliê em um primeiro momento, o espaço, sem dúvidas, o escolheu: “esse ateliê é muito bom para mim, pessoas muito interessantes me visitam, admiram a arte, participam de aulas”.  

E por falar em aulas, antes de começar a inspirar alunos, era um aluno incentivado pelo talento e esforço que demonstrava. Ele conta que, na época de escola, as professoras gratificavam os estudantes com desempenho acadêmico notável. Por três anos consecutivos, Francisco foi presenteado com caixas de lápis de cor, “que, na época, não eram tão fáceis de encontrar em cidades de interior, não havia tanta fartura de material”, e completa: “esses lápis de cor foram meu primeiro ‘insight’ para movimentar com as cores, sonhar com as cores e desenvolver esse sentimento [de artista]”. 

O artista visual contemporâneo soma diversas premiações, publicações e catalogações e, além disso, é engenheiro por formação, mas nunca deixou de participar de exposições: “meu currículo como artista plástico é ininterrupto”, conta. Esse interesse começou cedo, como citado anteriormente, mas o ponto crucial foi aos 17 anos, quando concluiu o expediente do emprego, um dia, e viu o céu todo bordado de cores, como define. Ali decidiu investir nas artes. “Assim que possível, fui em uma loja comprar tela e tintas, para começar a pintar”.  Aos 36 anos, Francisco teve a oportunidade de expandir os horizontes para os Estados Unidos, onde realizou cursos com modelo vivo, inclusive.

Atualmente, muitos dos quadros de Francisco são presença marcante de figuras femininas, as quais conferem fluidez e movimento, mesmo quando em poses que muitos julgariam como “estáticas”. Há outros, com a alegria de crianças que brincam, ou casais que dançam. E em meio a tanta beleza, a maior de todas: o partilhar, seja com alunos ou com o público. Por isso, não deixe de conhecer o artista e suas obras na Avenida Sete de Setembro, 5811, no Batel. 

Contato pelo (41) 99869-4485

Por Eloíza Mendes Marques | eloizammarques@gmail.com

 

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