Do mundo físico ao virtual: Doma Arquitetura

“Nossa casa, nosso lar é o nosso reduto. Estar bem dentro de casa é fundamental”, essa é a visão que a arquiteta Patricia Pomerantzeff compartilha com os clientes. Afinal, a casa é onde as pessoas conseguem encontrar o conforto, a segurança, a tranquilidade. Um ambiente agradável, no qual se possa repousar, recuperar as energias e se sentir revigorado. Um espaço arejado, que circula boas vibrações, um refúgio que possa minimizar as preocupações diárias, o cansaço mental e físico do corpo, onde você possa chamar de LAR. Porém, isso requer planejamento, estudo e identificar a própria identidade, com o intuito de criar um ambiente que você se veja nele. Se almeja um ninho semelhante ao que foi descrito, a profissional Patricia Pomerantzeff orienta a como tirar do papel o seu sonho. E ela vai além. Conta como conquistou os internautas nas redes sociais, o processo criativo dos projetos autorais, por fim, a marca registrada: os famosos ambientes curvos que ela mais se identifica. 

DOMA – Casa em russo:

Certa vez, o consagrado arquiteto Oscar Niemeyer expressou, em um poema, a paixão pelas curvas:

 

Não é o ângulo reto que me atrai.

Nem a linha reta, dura, inflexível, 

criada pelo homem.

O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas

montanhas do meu país, no curso sinuoso

dos seus rios, nas nuvens do céu, no corpo

da mulher amada.

De curvas é feito todo o Universo.

O Universo curvo de Einstein.

 

Na arquitetura, ambientes curvos têm uma eficiência energética, com entrada de luz, criando uma sensação de espaço mais amplo. Já Patricia Pomerantzeff diz gostar “da ideia de [ambientes curvos] parecerem não ter início nem fim, nos dando a sensação de algo contínuo, quando existem curvas no lugar de cantos retos”. O segredo desse estilo está no trabalho conjunto de “quatro mãos: Doma e o cliente”. Além disso, acrescenta outros aspectos que auxiliam no processo criativo: primeiro, projetos de outros profissionais, no caso de Patricia Pomerantzeff, a lista de consagrados arquitetos se resume em seis, como Patricia Anastassiadis, Lina Bo Bardi, MVRDV, Isay weinfeld, Ruy Ohtake e Renzo Piano. Segundo, ter um olhar aguçado, ou seja, isso possibilita pensar diferente dos projetos já existentes, propondo soluções novas. Por sua vez, esse último quesito nos leva a terceira dica: busque valorizar o que já existe, como “a entrada de luz natural, um piso antigo que pode ser restaurado ou mesmo um puxador especial de uma marcenaria que será trocada. Um detalhe que conte um pouco da história do lugar e colabore com a sustentabilidade”, explica a arquiteta. Por último, mas não menos importante, viver é a maior experiência! Nesse sentido, a inspiração pode surgir do contato com outras culturas, nas viagens a outros países. 

Conquistando espaço no universo digital

Cada plataforma tem característica própria. Por isso, alimentar as redes sociais requer conhecimento prévio da mídia digital que o internauta explora. A regra é nunca replicar conteúdo. Primeiro, conhecer o universo digital escolhido, para, em seguida, divulgar o próprio trabalho, conquistando o público do universo digital. De fato, as redes sociais revolucionaram a forma dos indivíduos se comunicarem, mas, ainda sim, as relações humanas não devem ficar restritas ao mundo virtual. Isso é o que defende Patricia Pomerantzeff: “Não acredito na substituição das relações pessoais que tanto gostamos (Arquitetura é Humanas). Acredito na simbiose entre dois mundos, tanto físico, quanto digital”. 

As plataformas digitais fizeram com que as fronteiras desaparecessem. O celular beneficiou a todos, a partir do simples toque na tela. E, principalmente, na atual conjuntura política, econômica e de saúde pública, com a pandemia do coronavírus. Para driblar as dificuldades, os influenciadores digitais apostam em perfis onlines para divulgar o próprio trabalho. É o caso da Patricia Pomerantzeff, que já conseguiu conquistar o espaço virtual e a confiança dos seguidores. Ela explica que o amor pela profissão é fundamental, mas ressalta que não é o suficiente. Isso porque exige “muito trabalho por trás para criar conteúdo relevante e com a frequência que as redes sociais demandam”. 

A arquiteta usa muito o Youtube, o Instagram e o TikTok. No entanto, utiliza cada uma delas em diferentes medidas, visto que desconhece ainda todas as funcionalidades do TikTok, uma nova plataforma no mercado que ainda está sendo explorada pelos internautas. 

“Todas as plataformas podem ser interessantes se o seu público a usa. Não tenho muita experiência com o TikTok, não investi muito por lá, pois não encontrei o meu público. Acredito que as pessoas que me acompanham são mais interessadas em conteúdos que realmente ajudam e esclareçam as dúvidas de obras e reformas. Para isso, precisamos de vídeos e textos mais longos, o que não é possível no TikTok”, comenta Patricia Pomerantzeff.

Hoje, a arquiteta tem o orgulho de dizer que é o maior canal de arquitetura do país, o que para ela foi uma surpresa, porque, de 2006 a 2017, nunca divulgou o próprio trabalho nas mídias digitais. Afinal, é um universo totalmente inexplorado, e a cada dia se descobre uma nova funcionalidade, tateando no escuro, logrou compartilhar a experiência pessoal e ajudar colegas de profissão e o público em geral que está nesse processo de construir e reformar casas.

“Cada novo projeto é um desafio! ”

Na virada do século, as ambições das famílias mudaram. Hoje os casais preferem constituir uma família, muitas vezes, apenas com um filho ou um membro diferenciado, que conquista os lares: os pets. Diante desse cenário, há que se pensar em um ambiente que comporte esse novo rearranjo familiar, como piso ideal para o animal, sem perder o conforto e praticidade do cotidiano dos donos; tecidos apropriados; conforto térmico, marcenaria adaptada, entre outros detalhes que fazem a diferença para quem tem pet em casa. 

“Sempre o projeto em que estou trabalhando é o maior desafio! Depois que conseguimos nos conectar bem com os clientes, com o espaço, com a lista de desejos e necessidades, tudo acaba fluindo bem até que chega um novo projeto, com um novo desafio”, finaliza Patricia Pomerantzeff.

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